D - Explica-me a relação do juízo com o 'ser'
M - Qualquer ato do conhecimento pressupõe determinado objeto a ser conhecido.
Só posso saber na medida que há algo a ser sabido por mim, pois este algo é o conteúdo do saber e o saber seu continente.
Evidentemente que o ato de conhecer e o objeto conhecido distinguem-se do nada e se lhes opõe.
Pois o nada, inexistindo ou não sendo, não pode conhecer e tampouco ser conhecido.
Ora tudo quanto opõe-se ao nada ou aquilo que não é, é; é o 'ser'.
Logo todo ato cognitivo esta fundamentado sobre o pressuposto necessário do ser, que é o conceito mais simples e mais extenso que possuímos, abarcando todos os objetos que existem pelo simples fato de existirem.
Rejeitar a noção de 'ser' é impossível aquele que enceta qualquer tipo ou categoria de juízo.
D - Parece-me absolutamente certo.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Elementos implícitos no juizo: a afirmação do 'ser'
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Princípio de Contradição
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O que significa juízo nesse caso?
ResponderExcluirTodo juizo é uma predicação.
ResponderExcluirA predicação envolve duas categorias: a do objeto sobre o qual se predica algo e a da predicação que lhe atribuimos.
Ex de juizo -
A parece é verde.
A perede é o objeto sobre o qual se predica ou exerce juiz e podemos chama-la de sujeito ou substantivo.
O é significa que minha predicação é afirmativa, pois estou atribuindo um estado ou qualidade a parece.
Verde é a qualidade atribuida e podemos chama-la de predicado ou adjetivo.
Quando atribuimos uma qualidade - qué é a atribuição mais elementar de um juizo - ou uma condição FAZEMO-LO SABENDO MUITO BEM QUE A QUALIDADE OU A CONDIÇÃO NÃO SUBSISTE EM SI MESMA PRESCINDIDO DO SER.
Antes supomos sempre um Ser,substância ou sujeito que sirva de suporte a qualidade, condição ou ação.
A ação sempre é realizada por alguém.
A condição ou qualidade exige igualmente a existência de um Ser que lhe dê existência. Pois a qualidade ou a condição existe apenas no Ser e jamais em si mesma.
Por isso quando atribuimos uma qualidade ou ação um objeto qualquer, ou seja quando predicamos ou exercemos juizo, admitimos sempre a existência do Ser representado pelo objeto, ao qual atribuimos um estado ou condição por meio dos verbos Ser e Estar.
O que é, é e o que está, está no Ser.
Portanto sem o objeto ou o ser não há predicação ou juizo, entretanto todo cético diz: é ou está... logo admite a realidade do Ser.
Portanto o Ser existe e sua existência é elementar, axiomática e por assim dizer intuitiva.
Não precisamos provar a existência do Ser a quem quer quer seja pois quem o regeita desmonstra estar agindo de má fé.